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Quais são as diferenças entre os grãos de café?
Espécie e modo de produção são fatores determinantes
O café é uma bebida muito tradicional no Brasil, estando presente na maioria dos lares, escritórios e estabelecimentos comerciais. Seja na padaria da esquina ou na cafeteria gourmet, com certeza, ele vai ser facilmente encontrado.
No entanto, vale ressaltar que existem diferenças quando se trata de café, no que diz respeito tanto ao tipo de grão quanto à sua classificação de qualidade. Isso abrange os sabores tradicionais, comprados no supermercado, e os cafés especiais.
Para facilitar, selecionamos tudo aquilo que você precisa saber sobre os tipos de grãos existentes, as principais diferenças entre cada um, bem como os tipos de café, incluindo o tradicional, gourmet e especial.
Arábica e robusta — Tipos de grãos
Até chegar quentinho na nossa xícara, o café passa por diversos processos que vão desde o plantio até a moagem. O resultado vai depender, entre outros fatores, do tipo de grão usado. Basicamente, existem duas espécies, que são os grãos Arábica e Robusta.
A espécie arábica (Coffea arabica) é tanto o mais produzido quanto o mais consumido em todo o planeta, representando 60% da produção internacional de café. Ele é originário de regiões montanhosas na Etiópia e, por isso mesmo, necessita ser cultivado em lugares com altitudes acima de mil metros.
É um grão com um formato mais alongado e com um teor de cafeína menor que o robusta (cerca de 50%). O café arábica é caracterizado pelo sabor suave, adocicado, levemente ácido e frutado. Suas variedades são Acaiá, Bourbon, Catuaí, Caturra, Laurina (Frevo), Kona e Mundo Novo.
Já o robusta (Coffea canéfora) não precisa de lugares altos para ser cultivado. Ele tem um crescimento relativamente rápido, é mais resistente a pragas, adaptado a climas quentes e representa cerca de 40% da produção cafeeira no mundo. A variedade mais comum desse tipo de café é o Konilon.
O formato desses grãos é mais arredondado. O café robusta tem o sabor mais amargo por conta da maior concentração de cafeína, além de ter baixa acidez, sendo mais encorpado e marcante.
Tipos de café
Depois de conhecer as diferenças entre os tipos de grãos, é preciso considerar também o tipo de café que será consumido. Isso diz respeito à forma como os grãos são cultivados, selecionados, torrados e moídos, já que cada um desses processos vai aumentar ou diminuir a qualidade do café.
Vale dizer ainda que existe uma classificação geral que comprova a qualidade do café. É uma escala que vai de 0 a 10, sendo 4,5 o mínimo recomendado pela Associação Brasileira de Indústria do Café (Abic). O selo da Abic comprova a qualidade do café comprado e fica estampado na embalagem desses produtos.
Tradicional
O café do tipo tradicional, consumido em casa ou na padaria, tem classificação entre 4,5 e 6. Esse café não passa por uma seleção minuciosa dos grãos, tendo uma mistura entre as espécies arábica e robusta. Para minimizar possíveis imperfeições, os grãos passam por uma torra mais escura e por uma moagem mais fina.
Superior
Já o café superior tem nota entre 6 e 7,2, tendo uma qualidade um pouco maior que o tipo tradicional, porém ainda não é considerado inteiramente puro. O sabor e o aroma da bebida são mais acentuados e ele tem no máximo 10% de grãos defeituosos.
Gourmet
Por sua vez, o gourmet não tem nenhum grão defeituoso sequer na sua composição, atingindo notas de 7,3 a 10. É considerado um café de alta qualidade, tendo tanto sabor quanto aroma mais suaves.
Especial
Um café é classificado como especial caso seja avaliado e consiga notas acima de 80 (no total de 100 pontos) na metodologia da Specialty Coffe Association of America (SCAA). Nela são considerados fatores como safra, variedade, sabor, aroma e ausência de defeitos.
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