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O que é community commerce?
A nova estratégia do e-commerce oferece mais chances de conversão dos consumidores
Em um cenário cada vez mais competitivo do e-commerce, é fundamental encontrar novas formas de se destacar e atrair a atenção dos clientes. Nos últimos anos, várias estratégias foram adotadas para conquistar a clientela, como cashback, criação de comunidade de cupons e, mais recentemente, o community commerce.
Você sabe do que se trata esse modelo de negócios e quais são suas vantagens? Entenda melhor no texto abaixo.
O que é?
Também conhecido como e-commerce comunitário, o community commerce é um modelo estratégico de negócios que utiliza como canal de vendas os diversos canais digitais. Essa estratégia caracteriza-se por ser o e-commerce orientado ao criador, com o objetivo de influenciar a compra de produtos e impulsionar uma marca por meio das redes sociais.
De maneira geral, ele pode ser descrito quando uma empresa cria uma linha de serviços e produtos que serão comercializados por meio de uma comunidade de consumo. Essa comunidade é formada por consumidores em potencial, sendo que outra diferença desse modelo é a possibilidade de os usuários serem capazes de participar da criação das marcas.
Na prática, o funcionamento do community commerce lembra muito o de um clube de compras, no qual os usuários se cadastram para ter acesso aos serviços e produtos de uma marca, aproveitando-se de benefícios e vantagens por essa participação.
Isso pode ser aplicado nas mais diversas áreas, não havendo um único método para desenvolver essa estratégia. Entretanto, é importante seguir alguns princípios que auxiliam na garantia do sucesso de iniciativas dessa natureza. É recomendado que o negócio sempre se mantenha conectado às novas tendências, trabalhando de maneira autêntica, honesta e dentro da realidade.
Assim, o community commerce acaba criando e desenvolvendo um ecossistema que se retroalimenta de novas oportunidades. A cada nova venda, também surge a oportunidade para que o cliente faça parte da comunidade e possa aproveitar recompensas, como descontos, pontos de vantagem e outros benefícios.
A exemplo dessa estratégia foi adotada pela Lacta, na Páscoa de 2022. O projeto “Amigo Lacta” permitia que qualquer pessoa física criasse lojinhas exclusivas para oferecer descontos dos produtos da empresa para amigos e familiares. Assim, todos que fizessem compras por meio do link do parceiro poderiam ganhar um desconto de 10% no site da Lacta.
Quando o dono da loja concluísse três vendas, ele ganhava um vale-compras válido para todo o portfólio. Quanto mais vendas ele conseguisse concluir, maior o valor do vale-compras, que poderia chegar a até R$ 150.
Novas oportunidades no cenário do e-commerce
Essa estratégia tem chamado muita atenção, pois ela permite que marcas possam explorar novos cenários dentro do e-commerce. Atualmente, a maioria das marcas apresentam uma grande despesa com anúncios pagos, apostando no uso de palavras-chave e público-alvo para conseguir a atenção dos consumidores e, assim, aumentar suas vendas.
No entanto, como essa é uma estratégia utilizada pela maioria das empresas, o resultado final é um canibalismo entre as companhias. Pior: o grande investimento em anúncios pagos pode não ser a estratégia mais eficiente.
Uma recente pesquisa da Nielsen, empresa mundial no campo de pesquisa de marketing, realizada na América Latina, apontou um dado importante. Cerca de 65% dos entrevistados relataram que confiam mais em recomendações de pessoas próximas do que em formas de publicidade, como anúncios pagos.
Portanto, as pessoas ficam mais inclinadas a comprar determinado produto ou experimentar um serviço quando essa indicação vem de alguém em quem ela confia. O famoso marketing boca a boca é central para uma estratégia como a do community commerce, inclusive porque a taxa de conversão nas vendas pode ser bem mais efetiva do que os canais de venda tradicionais.
Com essa estratégia, é possível criar várias “sublojas” online, nas quais uma pessoa poderá revender os produtos de determinada empresa com rapidez e pouca burocracia. Há também um fator social envolvido, já que a adoção desse método contribui para a distribuição de investimento entre pessoas físicas e não empresas, rentabilizando várias famílias e colaborando para girar a economia do país.
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